Os primeiros colonos da Mars One deverão sobreviver no planeta vizinho suportados por sistemas que geram oxigénio a partir da eletrólise e produzem água recorrendo a componentes existentes no solo marciano.
As naves do consórcio Mars One só deverão partir para Marte depois de 2023 – e pelo meio ainda haverá um reality show para a seleção da primeira colónia humana e recolha de fundos. As previsões do consórcio holandês apontam para o envio de 24 a 40 pessoas para o planeta vizinho. O que coloca a questão: como vão viver estas pessoas se alguma vez chegarem a Marte? A resposta à questão já começou a tomar forma: a empresa Paragon, que havia sido previamente selecionada pelo consórcio Mars One, acaba de dar a conhecer as linhas mestras de uma solução conhecida como Controlo de Ambiental do Habitat de Superfície e Sistema de Suporte à Vida (ECLSS) que terá como objetivo providenciar os primeiros colonos de Marte com água e oxigénio, a partir de recursos existentes em Marte ou que derivam da atividade humana enquanto se encontra no denominado planeta vermelho. A Paragon aproveitou a experiência ganha, durante as duas últimas décadas, no desenvolvimento de suporte da vida humana em ambientes inóspitos para delinear uma solução composta por cinco módulos – que recriam o ciclo da água e do oxigénio. Entre os módulos fulcrais figura o Sistema de Gestão da Atmosfera (AMS) que tem por objetivo a produção de oxigénio através da eletrólise da água. Este módulo também estará apto a detetar incêndios e compostos nocivos, bem como a proceder à monitorização do dióxido de carbono. A produção de oxigénio será seguramente uma das preocupações prioritárias para o ambicioso projeto de instalação de uma colónia em Marte, mas não poderá funcionar sem o apoio de outros módulos. A água usada na eletrólise (que produzirá o oxigénio) será produzida por um Sistema de Processamento de Recursos (ISRPS) a partir dos componentes existentes no solo marciano. O ISRPS deverá ainda assegurar a produção de nitrogénio e argónio a partir da atmosfera marciana. À agua captada pelo ISRPS deverá juntar-se a água (ainda em fase não potável) extraída por um módulo de conhecido por Sistema de Processamento de Detritos, que deverá lidar com o lixo, urina e fezes humanas. A água não potável coletada nos módulos anteriores será de seguida encaminhada uma denominado Sistema de Gestão de Água (WMS) que tem a incumbência de purificar a água, bem como aquela que poderá resultar da humidade existente no habitat da colónia. É a passagem pelo WMS que torna água potável, informa a Mars One. O quinto módulo, conhecido por Sistema de Controlo Térmico, deverá garantir a temperatura adequada para a colónia de humanos, através do equilíbrio entre o calor gerado pelos corpos humanos e equipamentos existentes nos abrigos espaciais e as temperaturas exteriores. Barry Finger, chefe de engenharia e Diretor de Sistemas de Suporte à Vida da Paragon, aproveitou o comunicado da Mars One para dar asas ao otimismo que envolve este programa espacial que pretende tornar-se pioneiro na colonização de Marte: «Os desafios que perfilam à sobrevivência e à expansão dos humanos para Marte são significantes e não podem ser encarados de forma ligeira, mas estamos convencidos de que este objetivo é alcançável com ferramentas e tecnologias que existem hoje». O Mars One conta atualmente com 100 colonos selecionados a partir de 200 mil candidaturas. Nenhum dos atuais candidatos é português, mas há uma equipa de estudantes da Universidade do Porto que foi selecionada para desenvolver uma pequena estufa espacial que deverá garantir a vida das primeiras plantas em Marte – que serão também a primeira forma de vida terrestre a crescer no Planeta, caso o projeto do Mars One seja bem sucedido.
As naves do consórcio Mars One só deverão partir para Marte depois de 2023 – e pelo meio ainda haverá um reality show para a seleção da primeira colónia humana e recolha de fundos. As previsões do consórcio holandês apontam para o envio de 24 a 40 pessoas para o planeta vizinho. O que coloca a questão: como vão viver estas pessoas se alguma vez chegarem a Marte? A resposta à questão já começou a tomar forma: a empresa Paragon, que havia sido previamente selecionada pelo consórcio Mars One, acaba de dar a conhecer as linhas mestras de uma solução conhecida como Controlo de Ambiental do Habitat de Superfície e Sistema de Suporte à Vida (ECLSS) que terá como objetivo providenciar os primeiros colonos de Marte com água e oxigénio, a partir de recursos existentes em Marte ou que derivam da atividade humana enquanto se encontra no denominado planeta vermelho. A Paragon aproveitou a experiência ganha, durante as duas últimas décadas, no desenvolvimento de suporte da vida humana em ambientes inóspitos para delinear uma solução composta por cinco módulos – que recriam o ciclo da água e do oxigénio. Entre os módulos fulcrais figura o Sistema de Gestão da Atmosfera (AMS) que tem por objetivo a produção de oxigénio através da eletrólise da água. Este módulo também estará apto a detetar incêndios e compostos nocivos, bem como a proceder à monitorização do dióxido de carbono. A produção de oxigénio será seguramente uma das preocupações prioritárias para o ambicioso projeto de instalação de uma colónia em Marte, mas não poderá funcionar sem o apoio de outros módulos. A água usada na eletrólise (que produzirá o oxigénio) será produzida por um Sistema de Processamento de Recursos (ISRPS) a partir dos componentes existentes no solo marciano. O ISRPS deverá ainda assegurar a produção de nitrogénio e argónio a partir da atmosfera marciana. À agua captada pelo ISRPS deverá juntar-se a água (ainda em fase não potável) extraída por um módulo de conhecido por Sistema de Processamento de Detritos, que deverá lidar com o lixo, urina e fezes humanas. A água não potável coletada nos módulos anteriores será de seguida encaminhada uma denominado Sistema de Gestão de Água (WMS) que tem a incumbência de purificar a água, bem como aquela que poderá resultar da humidade existente no habitat da colónia. É a passagem pelo WMS que torna água potável, informa a Mars One. O quinto módulo, conhecido por Sistema de Controlo Térmico, deverá garantir a temperatura adequada para a colónia de humanos, através do equilíbrio entre o calor gerado pelos corpos humanos e equipamentos existentes nos abrigos espaciais e as temperaturas exteriores. Barry Finger, chefe de engenharia e Diretor de Sistemas de Suporte à Vida da Paragon, aproveitou o comunicado da Mars One para dar asas ao otimismo que envolve este programa espacial que pretende tornar-se pioneiro na colonização de Marte: «Os desafios que perfilam à sobrevivência e à expansão dos humanos para Marte são significantes e não podem ser encarados de forma ligeira, mas estamos convencidos de que este objetivo é alcançável com ferramentas e tecnologias que existem hoje». O Mars One conta atualmente com 100 colonos selecionados a partir de 200 mil candidaturas. Nenhum dos atuais candidatos é português, mas há uma equipa de estudantes da Universidade do Porto que foi selecionada para desenvolver uma pequena estufa espacial que deverá garantir a vida das primeiras plantas em Marte – que serão também a primeira forma de vida terrestre a crescer no Planeta, caso o projeto do Mars One seja bem sucedido.
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